Operação mira quadrilha que furtou quase 800 transformadores da Enel em 2 meses
14/10/2025
(Foto: Reprodução) Operação mira quadrilha que furtou quase 800 transformadores da Enel em 2 meses
A Polícia Civil do RJ iniciou nesta terça-feira (14) uma operação contra uma quadrilha de furto de transformadores de energia. Segundo as investigações, o grupo desviou 775 equipamentos de um galpão da Enel em menos de 2 meses.
Agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) saíram para cumprir 10 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal de Itaboraí em endereços no Rio de Janeiro, em Niterói e em cidades do estado de São Paulo.
Segundo a Polícia Civil, o inquérito apura crimes de furto qualificado, receptação qualificada e associação criminosa ocorridos entre 22 de junho e 10 de agosto de 2024. Nesse período, ao menos 775 transformadores de grande porte foram subtraídos do almoxarifado central da Enel, localizado na Rodovia Manilha-Magé, em Itaboraí. O prejuízo estimado é de R$ 851,8 mil.
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Polícia cumpre mandado em operação contra furto de tranformadores
Divulgação/PCERJ
Liberação aos sábados
De acordo com as investigações, um funcionário da concessionária, responsável pela movimentação de materiais, ordenava a liberação irregular dos transformadores aos sábados, permitindo a saída dos equipamentos sem registro formal.
“Esses criminosos eram funcionários da própria empresa e desviavam sorrateiramente esses transformadores. As saídas eram feitas com documentos falsos, e eles deixavam para fazer esse transporte aos sábados, onde o movimento da empresa era menor. Foram 8 sábados seguidos”, explicou o delegado Pedro Brasil.
O funcionário foi desligado da empresa e, em entrevista de saída, admitiu ter adotado procedimentos irregulares. Segundo a Polícia Civil, ele apresentava padrão de vida incompatível com sua renda, com compra de veículos e franquias comerciais.
Transporte para SP e pagamentos via PIX
Depoimentos de empregados e motoristas indicaram que os transformadores desviados eram levados para empresas em Guarulhos e Mairiporã, em São Paulo. Um dos motoristas relatou que realizava fretes desde 2023 e que, em julho de 2024, transportou equipamentos recebidos na própria sede da concessionária até uma empresa paulista. Os pagamentos, segundo ele, eram feitos via PIX e transferências bancárias.
“Esses transformadores eram levados para empresas em São Paulo e Guarulhos e eram comprados por um preço abaixo do mercado e depois revendidos”, emendou o delegado.
As informações reunidas permitiram à DDSD mapear a atuação do grupo, que incluía etapas de fraude interna, logística de transporte e receptação dos equipamentos.
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